quarta-feira, 4 de junho de 2014















Porque é como se fosse a cada pronúncia,
ou mesmo só intentada,
que a tua boca à minha se fizesse.
Daí ao senti-la em beijo,
basta-me em beijo eu senti-la.

Se te silencias, se te emudeces,
não penso o emudecer e o silêncio,
penso-te ao beijo
— a pausa é onde tu pensas e ponderas (tudo) —.
Mas não te capto assim.
Faço do teu pensar a intenção do beijo
e de todo o ponderar o beijo há muito dado.

Daí o gosto que te digo,
o gosto que eu sinto na medida que respiro.

Mas, não só.
Não fosse o silêncio e o emudecer,
ainda assim o sabor te me diria
(na voz ou no silêncio a tua boca é minha fala).

Penso-te e te beijo.
Não a pensasse, ainda assim te beijaria.

É assim que o teu sabor é o mesmo meu.

Beijo-te, então.

Saudades!










 
"De onde vem essa saudade de algo que nunca tive?"
Psicologicamente eu saberia responder,
Mas objetivamente receio que não...
"De onde vem essa saudade de algo que nunca tive?"
Psicologicamente eu saberia responder,
Mas objetivamente receio que não...
 
                            04/06/2014