terça-feira, 4 de agosto de 2015

Decifra-me

Eu ajudo-te! 

O meu olhar, o meu sorriso, as mãos fechadas,
São a vontade calada que tenho de te abraçar.
Toma esta minha insistência como um sinal,
Sinal de que te quero por perto,
Sinal de que não te quero perder,
Sinal de que quero um abraço teu.
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           04/08/2015

terça-feira, 5 de maio de 2015

Um recomeço


Agora, que a poeira baixa
O caos se acalma
E eu posso brindar à paz,
Consigo enxergar um pouco mais claro...
Não vou buscar explicações
Ou tentar rever qualquer cena
Uma relação é sempre escrita em duas mãos
Então só lhe ofereço um brinde
E esses versos simples, em gratidão
Não vou dizer que me frustrei, ou negar
Mas isso depende das expectativas que criei
E se diz mais à mim, do que à você
Não vou dizer que erramos,
Errado seria dizer que não deu certo
Independente do recorte do tempo
Nós sabemos o quanto valeu a pena
E que se não fôssemos nós
Não poderia ter sido amor
Não naquele momento...
Respeito os teus novos silêncios
E se não me faço presente,
É por respeito ao teu direito a ausência...
(E um pouco de defesa, confesso)
Deixo a vida seguir sua trilha
Entre chegadas, despedidas e reencontros,
Quem sabe quais as surpresas na próxima esquina?
Sei que já não somos os mesmos
E mudamos muito em poucas luas
Mas das nossas qualidades
O diálogo e respeito à diversidade
Sempre estiveram entre elas
E mesmo de ângulos opostos
Enxergamos quase as mesmas cenas...

quarta-feira, 4 de junho de 2014















Porque é como se fosse a cada pronúncia,
ou mesmo só intentada,
que a tua boca à minha se fizesse.
Daí ao senti-la em beijo,
basta-me em beijo eu senti-la.

Se te silencias, se te emudeces,
não penso o emudecer e o silêncio,
penso-te ao beijo
— a pausa é onde tu pensas e ponderas (tudo) —.
Mas não te capto assim.
Faço do teu pensar a intenção do beijo
e de todo o ponderar o beijo há muito dado.

Daí o gosto que te digo,
o gosto que eu sinto na medida que respiro.

Mas, não só.
Não fosse o silêncio e o emudecer,
ainda assim o sabor te me diria
(na voz ou no silêncio a tua boca é minha fala).

Penso-te e te beijo.
Não a pensasse, ainda assim te beijaria.

É assim que o teu sabor é o mesmo meu.

Beijo-te, então.

Saudades!










 
"De onde vem essa saudade de algo que nunca tive?"
Psicologicamente eu saberia responder,
Mas objetivamente receio que não...
"De onde vem essa saudade de algo que nunca tive?"
Psicologicamente eu saberia responder,
Mas objetivamente receio que não...
 
                            04/06/2014

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

   
Pusemos tanto azul nessa distância 
ancorada em incerta claridade 
e ficamos nas paredes do vento 
a escorrer para tudo o que ele invade. 

Pusemos tantas flores nas horas breves 
que secam folhas nas árvores dos dedos. 
E ficámos cingidos nas estátuas 
a morder-nos na carne dum segredo.

" A vida é a arte do encontro".



A vida é a arte do encontro, embora haja tantos desencontros pela vida (Vinicius de Moraes) “Vinicius era um poeta, e como poeta conhecia a vida como ela é, cheia de tropeços e descaminhos. Na vida temos milhares de peregrinos que, por um momento maior ou menor, compartilham da mesma estrada que caminhamos. E somos todos peregrinos em busca da felicidade. Mas essa felicidade é como uma miragem, vista por uns, mas não por outros, sempre a frente, mas nunca realmente alcançada. Assim, o destino é realmente caminhar, e neste caminho, nas pequenas ou grandes companhias de viagem, é que nos fazemos felizes. Eu posso ter me desencontrado de você, mas a sua presença no meu caminho me faz feliz.”